Funcionários do Banco do Brasil fizeram críticas a atual Gestão de Pessoas do BB durante um congresso realizado em São Paulo entre os dias 30 de junho e 2 de julho. De acordo com os sindicalistas, demissões de funcionários e fechamento de agências não são aceitáveis, em função do lucro mensal que a banco possui.
Eles pedem a retomada dos concursos para escriturários, função que requer ensino médio e têm iniciais de R$ 3.952,03. O objetivo é suprir a carência de funcionários nas agências de várias regiões do Brasil.
A economista do departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – Dieese, Cátia Uehara, afirma que o BB está tentando fazer com que a população acredite que ele deve ser privatizado. Porém, em sua opinião, uma reestruturação como essa irá afetar os funcionários, clientes e o próprio banco. Além disso, Cátia comenta que o fechamento de agências em algumas regiões prejudicou municípios, os quais ficaram sem nenhuma agência.
Uma queixa dos sindicalistas é que a falta de funcionários tem gerado tanto a sobrecarga de funcionários quanto prejudicado o atendimento a clientes. E os números mostram: cerca de 9.400 funcionários foram demitidos em todo o Brasil.
Além disso, o banco não pode contratar sem concurso e a validade da última seleção para o Rio de Janeiro expirou em 2015, além de não possuir concursos válidos em outros 12 estados brasileiros, e também no Distrito Federal. O diretor de Gestão de Pessoas do BB, Caetano Minchilo, conta que não há previsão de seleções em 2018, e função das reestruturações. Em contrapartida, o presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, afirma que o BB não ficará muito tempo sem concursos em função dos déficits.
E realmente é o que deve acontecer. Em 2015, chegou a haver previsão de publicação de edital para o cargo de escriturário nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, porém foi adiado por conta da crise política e econômica no país.